De acordo com a Dive, outros seis casos suspeitos são investigados
Santa Catarina chegou a marca de quatro mortes por dengue em 2022. A informação foi confirmada pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) em nota de alerta enviada aos municípios nesta quarta-feira (30). Outros seis casos suspeitos são investigados.
De acordo com a diretoria, das vítimas, três foram casos autóctones - com transmissão dentro do Estado - e um caso importado. As mortes foram registradas nas cidades de Criciúma, Seara, Itá e Romelândia.
As idades das vítimas variam de 40 a 89 anos, com mediana de 69 anos. De acordo com a investigação, todos tinham comorbidades. Em um dos casos, foi diagnosticada infecção prévia por dengue.
Em relação aos casos que ainda aguardam investigação, as vítimas residiam em Chapecó (2), Ascurra, Brusque, Seara e Palmitos.
Ainda de acordo com a Dive, o número de óbitos confirmados e suspeitos é superior ao de anos anteriores. Em 2016, por exemplo, foram duas mortes nos municípios de Chapecó e Pinhalzinho. Já em 2021, foram sete óbitos nas cidades de Camboriú, Joinville e Florianópolis.
Epidemia foi confirmada em 14 cidades
De acordo com a Dive, a análise dos dados dos casos notificados até 19 de março apontou um aumento de 144% no número de notificações de suspeitos em relação ao mesmo período no ano passado. Em relação aos confirmados, o crescimento foi de 108%.
Ao menos 38 municípios confirmaram casos de dengue este ano, sendo que 14 se encontram com transmissão em nível de epidemia (incidência acima de 300 casos por 100 mil habitantes).
O último boletim epidemiológico, de 25 de março, apontou que 2.657 casos de dengue foram confirmados no Estado, sendo que 2.122 (80%) são autóctones, ou seja, a infecção ocorreu no território catarinense.
O Oeste é a região que concentra o maior número. Para frear o contágio, a partir dessa semana, começou a funcionar o Centro Regional de Operações de Emergência em Saúde, que tem como objetivo direcionar as ações para o enfrentamento da doença.
Sintomas da dengue
Em geral, os primeiros sintomas da dengue são febre alta de início imediato - com duração de dois a sete dias - associada com a dor de cabeça, fraqueza, dor no corpo, articulações e fundo dos olhos. Manchas pelo corpo também estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas.
A orientação é de que, ao apresentar qualquer sintoma, a pessoa procure atendimento médico para evitar o agravamento da doença.
— Além disso, os serviços e os profissionais de saúde do estado precisam estar atentos e sensibilizados sobre o cenário de SC. É necessário realizar o manejo clínico conforme o Fluxograma de Classificação de risco e manejo do paciente. A dengue é uma doença única, pode evoluir para a remissão dos sintomas ou pode se agravar, por isso, exige constante reavaliação e observação, para que as intervenções sejam oportunas — salienta João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.
Como evitar a proliferação do Aedes aegypti:
• Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda • Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo • Mantenha lixeiras tampadas • Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água • Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água • Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana • Mantenha ralos fechados e desentupidos • Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana • Retire a água acumulada em lajes • Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados • Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário • Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue • Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde • Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
Com informações do NSCTotal