Os dados preocupam já que os grupos prioritários são os mais propensos a complicações graves por influenza
Um estudo publicado na revista científica The Lancet, em 1998, causou um debate que perdura até hoje. O médico Andrew Wakefield afirmou que a vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) causava autismo e desde então, muitas doenças que eram consideradas erradicadas em muitos países estão ressurgindo.
Em 2010, o Conselho Médico Geral britânico cassou o registro de médico de Wakefield por acusações de fraude em sua pesquisa e a revista The Lancet se retratou além de retirar o artigo de seus arquivos. Ao longo destes 20 anos, desde a polêmica publicação, 17 grandes estudos demonstraram que a vacina tríplice viral não causa autismo. Dentre eles, um estudo que avaliou quase um milhão e meio de crianças.
Outros questionamentos foram levantados desde então, sobre o timerosal (conservante contendo mercúrio em vacinas) e sobre as crianças receberem muitas vacinas em idades muito precoces, porém ambos foram desmistificados por diversos estudos em grande escala, de acordo com o especialista em neurologia pediátrica, doutor Jaime Lin.
"Deixar de vacinas as crianças com TEA só as colocará em risco de doenças infecciosas e de forma alguma diminuirá os sintomas do transtorno. Da mesma forma, os irmãos dessas crianças que não estão sendo vacinados não terão o risco de autismo diminuído, apenas os deixam vulneráveis a adquirirem doenças evitáveis pela vacinação", ressalta o médico.
Foto: Jaqueline Noceti