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Saúde

Cobertura vacinal de crianças em SC tem queda de até 34% em seis anos

Redução é registrada em todos os imunizantes; especialista alerta para desinformação

03/05/2022 06h02 | Atualizada em 02/05/2022 21h12 | Por: Redação | Fonte: NSCTotal
Divulgação

Santa Catarina registrou queda na cobertura de todas as vacinas destinadas para crianças em 2021. Em apenas seis anos, o Estado saiu de um patamar de quase 100%, para taxas entre 60% e 80% em imunizantes como BCG, que previne tuberculose, Pneumo, contra pneumonia, e Penta, que previne contra hepatite B e tétano.

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), a vacina BCG, por exemplo, teve queda de 34% na cobertura entre 2016 e 2021: passou de 97% para 64%. 

Em seguida vem a Tetra, com queda de 25,28% nos últimos seis anos - 87% em 2016 contra 65% em 2021. 

Segundo o pediatra e professor no curso de Medicina da Univille Tarcisio Crocomo, além da pandemia da Covid-19, outro fator que também pode ter contribuido para a queda nos números é a desinformação . 

— Os principais fatores que causaram isso foram a desinformação e as fake news. A pandemia atrapalhou um pouco, principalmente na circulação das pessoas. Por isso é importante reforçar a necessidade de informar a populção que [não se vacinar] é um risco que não vale a pena — relembra. 

Ele pontua, ainda, que o Brasil sempre teve bom histórico em relação à cobertura vacinal, mas que, por conta desses fatores, cada vez mais as taxas têm diminuido, o que preocupa para o surgimento de novos surtos. 

— O sarampo, por exemplo, estamos tendo novos casos após o Brasil ficar livre por anos. Correr esse risco [de contrair a doença] é lamentável — complementa. 

Prevenir é a melhor solução 

No sábado (30), Santa Catarina chegou a realizar o Dia D para a vacinação do sarampo e da gripe. Na ocasião, 45.614 vacinas VTV - que previne o sarampo - foram aplicadas. Em relação a gripe, foram 115.819. 

Até o momento, a cobertura vacinal no Estado para o sarampo em relação às crianças é de 9,96%. Por isso, para evitar novos casos, a melhor forma é a prevenção. 

— O que tem que fazer é prevenir. O serviço público precisa mostrar o quanto é importante a vacinação e combater as teorias mais absurdas que existem. A vacina já mostrou que pode controlar muita coisa — reforça o especialista. 

Com informações do NSCTotal

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