Pendências com regência de classe e progressões ainda deixam os servidores municipais do magistério aflitos em Tubarão
O reajuste de 6,81% no salário do magistério em Tubarão não agrada totalmente o comando do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da região (Sintermut). Conforme as lideranças do grupo, existem outras demandas para os profissionais da Cidade Azul além do aumento da remuneração.
O salário inicial dos professores municipais passará de R$ 2.298,80 para R$ 2.455,35. O reajuste é maior que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que ficou com alta de 3,35%, e será retroativo ao mês de janeiro. “Com o piso nós estamos satisfeitos porque é um desafio pra gente pelo menos manter aquilo que temos de proposta de lei nacional”, conta Laura Oppa, presidente do Sintermut. A Rede Municipal de Ensino conta com 323 professores efetivos e 367 contratados em caráter temporário (ACT).
A notícia do reajuste foi comunicada durante reunião entre representantes do sindicato e da prefeitura, na última semana. “A reunião só deu um pontapé inicial nas negociações, que terminam em abril. Esperamos avançar com o governo nas questões de progressão e regências de classe”, explica Laura. Os professores de Tubarão têm, conforme o órgão, duas progressões atrasadas desde 2014. “Nós também estamos com problemas de desproporcionalidade em relação à regência de classe. São 89 servidores que ainda não recebem os 40% de regência, isso falando dos efetivos”, atenta a presidente do Sintermut.
Ao final da reunião com o sindicato dos professores, o prefeito Joares Ponticelli (PP) destacou que o reajuste representa o respeito pelos servidores e um grande esforço do governo municipal para evitar eventuais demandas judiciais que desgastariam a prefeitura e o próprio magistério. “Eles não têm como fazer nenhum reajuste além do piso nacional do professor, mas estamos aí para negociar até abril. Esperamos que a arrecadação do município seja acima do esperado para que a gente possa avançar nas negociações”, conclui a presidente do Sintermut.
Foto: Marcelo Becker