Novas imagens mostram parte de dentro da escola sem conservação
A situação da escola Angélica Cabral continua causando preocupação – e tristeza – aos moradores do bairro São Bernardo. A unidade escolar, fechada no fim de 2015 pelo governo do Estado, ainda não foi reformada. De posse da prefeitura de Tubarão desde a metade do ano passado, não há prazos para que o espaço seja revitalizado.
No Angélica Cabral poucos ventiladores de teto resistem ao tempo, mas alguns estão com danos. No forro, a falta de cuidados do poder público gerou desabamentos em algumas salas da antiga escola. Determinadas portas que antes separavam estudantes entre um espaço e outro hoje estão caídas e facilitam a entrada de moradores de rua e usuários de drogas. O tráfico, conforme alguns membros da comunidade do São Bernardo, também acontece no local.
“A comunidade lutou tanto para impedir essa situação e nós enquanto sindicato da educação estávamos presentes nessa luta”, conta Tânia Fogaça, coordenadora regional do Sinte. “A população tem que cobrar mais ação e não ficar ouvindo desculpas. Pois nessa escola, como em outras instituições, está sendo jogado no lixo o dinheiro público, o dinheiro do povo”, ressalta a educadora.
O anúncio do fechamento das duas unidades aconteceu no dia 28 de outubro de 2015. Desde aquela data a união de forças das lideranças estaduais e municipais não foi o bastante para que o processo de transferência da posse fosse rápido. Pelo contrário. Somente em 28 de julho de 2017, quase dois anos depois, a prefeitura de Tubarão recebeu a cessão das escolas. Por ora, não há encaminhamentos assegurados para que isso ocorra. Como 2018 é ano eleitoral, a transferência de recursos entre poderes só pode acontecer até o início de julho.
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