Segundo Zé Luiz Tancredo (MDB), a desembargadora afirmou que "em momento oportuno a Câmara de Vereadores de Tubarão poderia cadastrar-se, como parte terceirizada interessada nos autos"
O vereador José Luiz Tancredo (MDB) solicitou informações sobre a “Operação Mensageiro” ao presidente da casa, Denis Matiola (PSDB), que pode culminar na instauração de uma Comissão Especial de Inquérito, CEI. Digamos que é uma “CPI” das câmaras de vereadores.
“Se tornou público, um despacho que pede a prisão preventiva do prefeito Joares Ponticelli (Progressistas) e do vice Caio Tokarski (União Brasil). No final do documento a desembargadora afirmou que ‘em momento oportuno a Câmara de Vereadores de Tubarão poderia cadastrar-se, como parte terceirizada interessada nos autos”, justificou o emedebista.
Simplificando: a câmara de vereadores é um órgão independente, de fiscalização ao executivo. Como parte interessada nos autos, poderia ter as informações que hoje estão em sigilo e, consequentemente, instaurar a CEI.
O procurador do legislativo, doutor Marcos Bonotto (antes que alguém questione, é profissional concursado), disse pela manhã que “pedirá o cadastramento a desembargadora e caberá a ela deferir ou não.”
Caso o pedido seja aceito, poderemos ter um divisor de águas na Operação Mensageiro, afinal, outras câmaras poderão fazer o mesmo e, convenhamos, o que ainda está em sigilo, deixará de estar.
Evidentemente que nenhum parlamentar deveria fazer pedidos de impeachment ou “CPI”, já que os processos estão em sigilo. Quem o faz, só quer promoção pessoal, a velha e conhecida politicagem.