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Blog Nilton Veronesi

Os contundentes indícios contra Joares e Caio

Segundo as investigações, prefeito e vice pediram propina a Serrana, antes mesmo de assumir o primeiro mandato

20/03/2023 18h12 | Atualizada em 21/03/2023 14h32 | Por: Nilton Veronesi

Vazou hoje nos grupos de Whatsapp o despacho da desembargadora Cinthia Beatriz Bittencourt Schaefer, que culminou na prisão do prefeito Joares Ponticelli (Progressistas), do vice Caio Tokarski e do gerente de compras Darlan Mendes. Segundo a investigação, há fortes indícios de que os três recebiam cerca de R$37 mil/mês de propina. No documento, os investigadores dizem que, em tese, "o prefeito, ao ser avisado pelo proprietário do Grupo Serrana, ficou incoodado não com a descoberta dos supostos crimes e sim nas propinas que deixariam de ser pagas, fazendo com que a empresa enviasse o 'mensageiro' para adiantar os pagamentos."

Ainda segundo o dcoumento "o excesso de ganância, em tese, era tão inacreditável, que os envolvidos ao terem desconfiança que estavam sendo investigados, optaram por adiantar o pagamentos de futuras propinas, ao invés de cessarem as condutas delitivas."

Ainda segundo o despacho, em tese, é possível levantar alguns pontos que chamam a atenção.

  • O pedido de propina ocorreu antes de Joares e Caio assumirem o primeiro mandato. Ao final de 2016, no Shopping Itaguaçú, foi pedido a Serrana R$30 mil, para manterem os contratos com o município. É bom destacar que entre 2016 e 2017, transição dos governos Olávio e Joares, os valores empenhados a empresa dobraram. Logo no começo do primeiro mandato, a administração aumentou substancialmente a taxa de lixo, que gerou descontentamento da população.
  • No começo de 2017, o gerente de compras solicitou a Serrana pagamento de 10% de propina. Do montante, R$30 mil ficaria com o prefeito e o vice e de R$6 a R$7 mil com o gerente.
  • O "Mensageiro" afirmou, em delação premiada, que em quinze oportunidades, em quinze locais diferentes, entregou dois envelopes a Darlan, um mais pesado que o outro.
  • A Serrana tinha uma planilha secreta de controle de propinas, salvos em um pendrive criptografado. A responsável pelo gerenciamento informou, também em delação, que havia ordem para destruir o dispositivo se houvesse uma operação no grupo empresarial. A colaboradora fez o ordenado, jogou o dispositivo em tubulações de água, em uma operação do Gaeco na sede. Porém, a força-tarefa conseguiu recuperar parte das planilhas.
  • Só em Tubarão, a empresa Serrana pode ter pago cerca de R$2,5 milhões em propina.
  • Há indícios que existiram negociações prévias para elaboração dos processos licitatórios, inclusive o contrato em vigência, teria sido feito entre funcionários da Serrana e agentes públicos.

Além da extensa fundamentação, o despacho contém provas dos mais variados tipos, como: mensagens de sms, áudio de whatsapp, planilhas, vídeos de suspostas entregas de propinas e até rastreamento de celulares, que colocavam os denunciados no mesmo local. 

A denúncias foram feitas pela força-tarefa. Agora, o tribunal de Justiça define se tornam ou investigados em réus. Serão três votos, um deles da desembargadora Cinthia Beatriz Bittencourt Schaefer, que é relatora do "Mensageiro".

Pelos indícios e pelo posicionamento da justiça até o momento, é difícil imaginar que os setes prefeitos presos, vice, secretários etc. consigam se livrar dessa.

Ah, as investigações não terminaram. Há quem diga que só estamos vendo a "ponta do iceberg".

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