O prefeito tem um perfil pacificador, porém deixou um recado bem claro em duas decisões políticas: não quer situações embaraçosas na sua interinidade
O prefeito interino de Tubarão, Gelson Bento (Progressistas), tem colocado toda experiência política, adquirida nos mandatos como vereador e presidente da Cergal, a prova. Diante a situação tensa que assumiu a municipalidade, em consequência da Operação Mensageiro, não fez grandes mudanças e respeitou uma equipe que tem serviços prestados e tinha índices de popularidade consideráveis, até as prisões do prefeito e do vice.
Gelson tem um perfil pacificador, porém deixou um recado bem claro em duas decisões políticas: não quer situações embaraçosas na sua interinidade. Seja de um aliado ou não.
O primeiro ato que chamou a atenção foi o rompimento com seu ex-chefe de gabinete, que queria entrar em rota de colisão com membros do governo municipal, logo que assumiu. Inclusive queria a “cabeça” de Jairo Cascaes, secretario de gestão e futuro presidente da câmara. Gelson não mordeu a isca, não foi para o embate e seguiu com as agendas do município.
A exoneração do ex-vereador, ex-diretor da DMA e, agora, ex-secretário de Serviços Públicos, Douglas Antunes, foi certinha. Não tem como dissociá-lo do passado. Antunes saiu pelo conjunto da obra. Chefiar uma pasta que gerencia os “contratos do lixo”, em tempos de “Operação Mensageiro”, não é para alguém como esse camarada.
Aliás, quero fazer um adendo. Quando era do MDB, o ex-diretor da DMA era muito criticado por toda a imprensa de Tubarão, por tudo que sabemos. Bastou sair da oposição (ou ser saído, afinal os ‘Manda Brasa’ não o queria nas suas fileiras), para base do governo que a mágica aconteceu. Passou a ser o melhor secretário do Governo Ponticelli/Tokarski e bajulado como nunca havia acontecido na sua decadente história política.
Aos colegas de imprensa que hoje bajulam o cara que acabou com o sonho de diversas famílias, um recado, pode me chamar do que for, mas não mudo de convicção por conveniência política ou pessoal.
Na minha avaliação, o prefeito interino agiu corretamente nas duas provas de fogo que teve até o momento. Foi paciente, preservou o time que, repito, até a Operação Mensageiro tinha colocado o governo com ótimos índices de avaliação e deixou um recado: embora tenha um perfil pacificador, não vai admitir “laranjas podres” na sua interinidade.