Antunes é investigado na Operação Gabarito por suspeita de participação em um esquema de fraude em concurso público
Antes tarde do que nunca. O homem que tirou a esperança de um futuro melhor de dezenas de famílias, entregando a elas diplomas falsos, ex-secretário de serviços públicos de Tubarão, Douglas Antunes, foi preso na manhã desta quinta-feira (20).
Antunes é investigado por suspeita de participação em um esquema de fraude em concurso público. O caso é investigado pelo Gaeco, um grupo especial vinculado ao Ministério Público. A defesa de Douglas Antunes informou que ainda não teve acesso ao processo.
A investigação do MPSC apura irregularidades em um concurso que foi realizado na cidade de Presidente Getúlio, no Vale do Itajaí.
O MPSC emitiu uma nota sobre a Operação Gabarito.
"Na manhã desta quinta-feira (20/4), o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/SC), em apoio à Promotoria de Justiça de Presidente Getúlio, deflagrou a segunda fase da operação "Gabarito". Estão sendo cumpridos dois mandados judiciais de prisão preventiva e três de busca e apreensão nas cidades de Tubarão e Chapecó.
Após análises de documentos e dados apreendidos na primeira fase da operação, que ocorreu em março deste ano, a Promotoria de Justiça identificou que os investigados teriam mentido e orientado os depoimentos prestados por testemunhas ao Ministério Público de Santa Catarina, inclusive com o possível cometimento de crime de falsa identidade.
A Promotoria de Justiça de Presidente Getúlio instaurou procedimento investigatório em dezembro de 2022 diante denúncias de crimes licitatórios, contra o caráter competitivo de concursos, e contra a própria administração pública e possíveis atos de improbidade administrativa. Desde então está sendo apurada a suspeita de fraude em licitação e no próprio concurso público para provimento de cargos efetivos no executivo municipal de Presidente Getúlio e em autarquia da cidade.
Em março deste ano foram cumpridos dezenas de mandados de busca e apreensão domiciliares nas cidades de Presidente Getúlio, Ibirama e Tubarão, em locais como a Prefeitura de Presidente Getúlio; a sede da empresa organizadora do concurso; residências de candidatos supostamente beneficiados, entre outros. Após a análise do material apreendido, a Promotoria de Justiça identificou a possível interferência dos investigados na colheita de elementos informativos, tumultuando, assim, a instrução criminal.
O GAECO é uma força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina, Polícias Militar, Civil, Rodoviária Federal e Secretaria Estadual da Fazenda, Polícia Penal e Corpo de Bombeiros."