A última vaga do Progressistas na Alesc poderá ficar entre o tubaronense e João Amin, candidatos de Joares e Esperidião, respectivamente
O ex-vereador, ex-superintendente da AGR e suplente de deputado estadual, Pepê Collaço, assume uma cadeira na Alesc, nesta terça-feira (05). A princípio fica por 30 dias. O gesto político significa muito mais que o período em que permanecerá na assembleia. Collaço diz "sim" a pré-candidatura de Esperidião Amin.
A pergunta que fica é: Pepê tem como principal cabo eleitoral o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, que será um dos coordenadores da campanha a reeleição do governador Moisés. Como ambos agirão frente ao grupo de trabalho na Amurel? Vou ser mais claro, o grupo de trabalho, que é consideravelmente grande na região, vai pedir voto para Moisés ou Amin? (Ps.: nem vou entrar no mérito do vice-prefeito ter um outro candidato, Gean Loreiro).
Sabe-se que as relações de Joares com o Progressistas ficou ainda mais estremecida, após a declaração do pré-candidato a deputado federal Walmir Comin, fiel escudeiro de Amin, que falou na última semana que "o prefeito de Tubarão não foi o nome do partido nessa eleição, porquê não tirou a bunda da cadeira". Ponticelli ficou "P" da vida com o cumpadre Comin.
Pepê Collaço terá que pisar em ovos, por outros motivos evidentes: a homologação da sua candidatura na convenção progressista e a divisão do fundo eleitoral. Num cenário perfeito, o "PP" elegerá quatro deputados estaduais. José Milton Scheffer e Altair Silva possuem uma estrutura de campanha robusta. Digamos, de forma otimista, que as outras duas vagas fiquem entre o restante dos candidatos, um deles o filho do candidato ao governo, João Amin. Seria interesse do Progressistas oxigenar a campanha do tubaronense?
A campanha de Pepê pode ser o termômetro dessa guerra intrapartidária, Ponticelli versus Amin, e o pleito a deputado estadual é uma das batalhas, que poderá mostrar quem dará as cartas na sigla nas próximas eleições.