Na manhã desta terça-feira, dia 5, a Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou a ‘Operação Open House’, visando cumprir sete medidas cautelares em investigação que apura desvio de bens públicos da Prefeitura de Imbituba.

Os policiais civis de Imbituba, Laguna e Garopaba, com o auxílio da Polícia Científica, deram cumprimento a mandados de busca e a medidas cautelares, entre elas a colocação de tornozeleira eletrônica em dois investigados. Durante as buscas, foram apreendidos celulares e outros documentos para investigação.

Segundo a Polícia Civil, a investigação foi instaurada após o recebimento de documentação da Controladoria-Geral de Imbituba, tendo o intuito de apurar desvio de bens adquiridos por um consórcio no município. Conforme apuração, um dos servidores públicos realizava a solicitação da compra de bens e a namorada, também funcionária pública municipal, efetuava o encaminhamento das compras.

Em 16 de junho, a Polícia Civil deflagrou a primeira fase da operação, cumprindo três mandados de busca e apreensão. Na ocasião, os agentes encontraram e apreenderam nas residências e estabelecimento particular dos investigados vários bens que, conforme a polícia, foram desviados do patrimônio público, incluindo dois frigobares, um aparelho de ar condicionado, uma serra sabre, dois celulares, entre outros objetos.

Após o cumprimento das primeiras buscas, a Polícia Civil concluiu que os investigados tinham ainda desviado mais bens do patrimônio municipal, como outros três celulares. Na sequência, conforme a Polícia Civil, estes aparelhos foram encontrados em um armário da Secretaria de Administração do município. A Polícia Civil, porém, concluiu que ao menos um dos celulares foram “plantados” de volta na pasta, possivelmente com auxílio de outros servidores. Segundo a polícia, uma das servidoras envolvidas foi alocada em outra secretaria, com rendimentos que dobraram após a primeira operação.

O material apreendido na primeira fase demonstrou, conforme a Polícia Civil, que o casal investigado comprou um terreno em que pretendia construir uma mansão utilizando, a princípio, dinheiro público. Para isso, segundo os policiais, os investigados passaram a solicitar e receber vantagens indevidas de outro funcionário público, que exerce cargo comissionado na Secretaria Municipal de Infraestrutura. Por meio dele, o casal teria conseguido o maquinário para fazer a terraplanagem do terreno e solicitaram a compra de “paletes de blocos” para uso particular.

O casal teria, ainda de acordo com a investigação, solicitado vantagem para um empresário que possui contrato com o município, que teria comprado um poste no valor de R$ 2.800,00 e instalado na propriedade dos investigados.

A operação foi batizada de “Open House” porque, segundo a Polícia Civil, dois investigados pretendiam construir e inaugurar uma mansão fazendo uso de recursos públicos e obtendo favores de outros servidores e empresários que prestam serviços para o Município. Até o momento a Prefeitura de Imbituba não se pronunciou sobre o caso.