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Segurança

Justiça acata pedido da Polícia Civil e professor acusado de estupro de vulnerável segue preso

Professor da Demétrio Bettiol foi denunciado por abusar sexualmente de quatro alunas

30/08/2022 06h02 | Por: Redação | Fonte: Engeplus
Divulgação

O professor da escola de Ensino Fundamental Demétrio Bettiol, em Cocal do Sul, acusado de abusar sexualmente de quatro alunas, segue preso preventivamente após o Poder Judiciário deferir o pedido feito pela Polícia Civil. O caso é investigado pelo delegado Márcio Campos Neves, da Delegacia de Polícia Civil de Cocal do Sul, e o suspeito está detido no Presídio Santa Augusta, em Criciúma.

Com a prisão mantida, a Polícia Civil tem dez dias para concluir a investigação e apresentar as provas para que o promotor de justiça possa oferecer a denúncia junto ao Poder Judiciário. A princípio, o professor, 34 anos de idade, é suspeito de estupro de vulnerável e está sujeito a pena de 8 a 15 anos de reclusão. “Vamos reunir tudo isso para esclarecer e dar os apontamentos e a responsabilidade criminal. O crime que ele foi preso e que é suspeito de ter praticado é de estupro de vulnerável. Qualquer ato libidinoso contra menor de 14 anos configura este crime, que é considerado crime hediondo”, esclarece o delegado.

Ainda na sexta-feira, dia 26, data da denúncia, o Portal Engeplus entrou em contato com a mãe de uma das vítimas, que relatou para a reportagem que sua filha chegou em casa e afirmou que o professor havia feito “coisas estranhas” com ela. A menina disse que foi levada para uma sala, foi vendada e que o suspeito teria colocado algo na boca dela, possivelmente o pênis, e que ela teria vomitado. As demais vítimas relataram situação semelhante.

As meninas possuem entre 8 e 9 anos de idade. Elas serão ouvidas por psicólogos e assistentes sociais, depoimentos considerados fundamentais para o fechamento do caso. O delegado explica que mesmo as meninas que não foram tocadas são consideradas vítimas, uma vez que foram levadas para a sala de aula.

“Ele alega que fez uma brincadeira usando pirulito, as crianças alegam que era o órgão genital dele e isto está sendo analisado e por isso ele está preso. As que não foram tocadas, mas só o fato de terem sido levadas já estão em condições de vítima. As principais provas vem das crianças e elas serão atendidas pela rede de atendimento às vítimas, por psicólogos e assistentes sociais. As crianças serão ouvidas por essa rede e vamos ver se precisa ouvir mais testemunhas ou se surgem situações que precisam ser esclarecidas para finalizarmos isso”, avalia.

Sobre a diretora

Na manhã desta segunda-feira, dia 29, pais de alunos da escola Demétrio Bettiol protestaram pedindo justiça. A diretora do colégio foi um dos alvos da manifestação. Os pais alegam que as crianças relataram o problema ainda na sexta-feira, mas que ela não teria dado atenção para a denúncia. Ao Portal Engeplus, o pai de uma das vítimas, Leandro Souza, lamentou não ter sido comunicado pela instituição. 

“As meninas vieram relatar o caso para ela (diretora), e ela foi negligente em dizer que o problema seria resolvido na segunda-feira. Deveria ter sido resolvido naquela hora atuando de forma incisiva, chamando autoridades competentes e os pais para acolherem seus filhos. Estamos aqui para fazer a voz das nossas meninas que tiveram coragem. Se não fosse por elas, poderia acontecer algo pior com elas e outras crianças”, disse em entrevista durante o protesto.

O delegado Márcio Campos Neves explica que o caso da professora é administrativo e deve ser resolvido pela Secretaria de Educação com processo disciplinar. “Os pais estão revoltados, tem todo direito. Se ela tem alguma responsabilidade, é administrativa que pode ser resolvida pela Secretaria de Educação e prefeitura com processo disciplinar. O responsável é o professor, que se fez desta forma, qualquer outro diretor não poderia ter evitado. Estão indignados e canalizando na diretora, mas são situações diferentes. Primeiro é a questão criminal do suspeito, outra a questão interna e disciplinar da diretora. A família alega que deveria ter comunicado os pais imediatamente, mas ela recebeu a demanda e já era final de expediente, os alunos tinham ido embora, o professor também. Ela comunicou a prefeitura do problema, que de imediato após a família acionar a polícia e ele ser preso, a prefeitura disponibilizou a imagem e nos procurou”, explica o delegado.

Ainda nesta segunda-feira, o delegado, junto com o prefeito de Cocal do Sul, Fernando de Fáveri, vão prestar mais esclarecimentos e entrevista coletiva na prefeitura.

Com informações do Engeplus

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