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Segurança

Grupo alvo da PF usou esmeraldas falsas como garantia para captar meio bilhão de reais de investidores

Organização captou investidores de pelo menos 18 países prometendo lucros acima do mercado. Prisões aconteceram no Litoral Norte de Santa Catarina.

05/09/2023 15h46 | Por: Redação | Fonte: g1 SC
Divulgação

A organização criminosa investigada por fraudes e que pode ter lesado pelo menos 25 mil pessoas em mais de 18 países usava esmeraldas falsas como garantia para captar quase meio bilhão de reais, segundo a Polícia Federal (PF).

Nesta terça-feira (5), a PF cumpriu três mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão com foco em Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema, três das principais cidades do Litoral Norte de Santa Catarina.

Conforme o delegado da PF, Maurício de Brito, o grupo levava os investidores para uma área em Tocantins, onde supostamente seriam lapidadas esmeraldas e outros minérios.

"Construíram uma cooperativa e traziam esses captadores do exterior, principalmente da América central e América do Sul, e vendiam como se fosse uma empresa existente. Mostravam as esmeraldas, todas falsas, e iludiam essas pessoas, que traziam mais investidores para a empresa", contextualiza.

As diligências também aconteceram em Ilhota (SC), Farroupilha (RS) e Paraíso do Tocantins (TO).

Funcionamento

O grupo teria lesado milhares de clientes pelo mundo a partir da captação de investimentos, através de Bitcoins, oferecendo promessas de altos lucros, bem acima do mercado, que nunca eram repassados aos investidores.

Para dar garantias aos clientes, o grupo simulava atuação na atividade de extração de esmeraldas. Os criminosos também usavam páginas na internet para promover falsos benefícios da empresa, incluindo bancos digitais próprios.

O prejuízo estimado é de 100 milhões de dólares, quase meio bilhão de reais.

"Para promover uma maior credibilidade ao falso investimento, a Orcrim convidava pessoas em destaque na mídia para viajarem ao Brasil, onde participavam de eventos, recebiam valiosos prêmios, e lhes eram apresentadas supostas áreas de mineração e lapidação de pedras preciosas", detalhou a PF.

A 1ª Vara Federal de Itajaí autorizou o bloqueio e sequestro de bens dos investigados. Registros da operação, divulgados pela PF, mostram agentes recolhendo pedras preciosas, barras de ouro, Ferraris e até uma aeronave.

Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, a reportagem não localizou as defesas deles para se posicionarem até a última atualização desta reportagem.

Apesar da estimativa de 25 mil clientes lesados, até o momento foram identificadas 2,5 mil vítimas diretas em países da América do Sul e Central, além de algumas no Brasil.

Os alvos das buscas foram indiciados por associação criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato e crimes contra o sistema financeiro nacional e a economia popular. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 30 anos de prisão.

Mandados da operação 'Lanterna Verde'

Balneário Camboriú (SC) - 2 de prisão preventiva e 3 de busca e apreensão
Itapema (SC) - 1 de prisão e 2 de busca e apreensão
Itajaí (SC) - 1 de busca e apreensão
Ilhota (SC) - 1 de busca e apreensão
Farroupilha (RS) - 2 de busca e apreensão
Paraíso do Tocantins (TO) - 2 de busca e apreensão
 

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