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Segurança

Criança indígena fica 10 dias aguardando UTI após ser espancada em SC, diz MPF

Polícia Civil também trabalha nas investigações. Caso foi em José Boiteux, no Vale do Itajaí.

04/05/2022 06h13 | Por: Redação | Fonte: G1 SC
Divulgação

Uma criança indígena de 6 anos moradora de José Boiteux, no Vale da Itajaí, ficou 10 dias à espera de uma vaga de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após ser espancada em uma aldeia da região. O caso veio à tona após manifestação do Ministério Público Federal (MPF), que solicitou ao Estado transferência hospitalar imediata da criança.

A internação solicitada ocorreu em 1º de maio, quando o menino foi para o Hospital Infantil de Joinville, a quase 180 quilômetros de José Boiteux. A direção do hospital informou, nesta terça-feira (3), que a vítima segue internada em estado grave. O g1 SC tentou contato com a Secretaria de Estado da Saúde, mas não teve retorno até a última atualização da matéria.

O MPF disse que as circunstâncias do espancamento serão investigadas. Detalhes do crime não foram repassados pelo órgão, já que o caso envolve uma criança.

De acordo com a Polícia Civil, o menino mora com os avós na aldeia Figueira e teria sido agredido na escola onde estuda, em 22 de abril. O delegado Juliano Bridi informou que mãe e o padrasto da criança vivem em outra aldeia da região.

Espera por vaga

Após ser espancada, segundo o MPF, a criança foi levada em estado grave a um hospital de pequeno porte em Ibirama, também no Vale do Itajaí, enquanto aguardava uma vaga em UTI.

A vítima só foi transferida para o Hospital Infantil de Joinville depois de decisão liminar (temporária) da Justiça Federal, que determinou que os réus promovessem "todas as medidas necessárias para transferir, de forma imediata, a criança indígena para hospital de referência, público ou privado". O não cumprimento da decisão acarretaria em uma multa diária de R$ 100 mil.

Investigação

Segundo o delegado, a mãe do menino registrou um Boletim de Ocorrência e contou que o episódio aconteceu na saída da escola, que fica na aldeia Barragem. De acordo com o relato, a vítima teria ido defender uma amiga de garotos mais velhos, quando foi agredido por eles.

Depois disso, conforme Bridi, eles teriam ido para a casa e uma equipe da Secretaria Especial de Saúde Indígena foi visitá-los e orientou a família a levar o menino ao hospital, pois a febre estava alta e ele estava com suspeita de fratura.

Desde a chegada à unidade de Ibirama, o quadro já era considerado grave, por isso o Hospital Doutor Waldomiro Colautti tentou transferi-lo para um local que tivesse UTI pediátrica.

Com a negativa de outros hospitais, que justificaram não haver vagas para crianças, a Fundação Nacional do Índio (Funai), que acompanhava a história, acionou o Ministério Público Federal.

O MPF diz ter tentado resolver a questão extrajudicialmente. Como não conseguiu, moveu uma ação contra a União e o governo do Estado no domingo (1º) e exigiu que a transferência ocorresse imediatamente.

Com informações do G1 SC

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