Ministério da Saúde passou a incluir as grávidas e puérperas no grupo de risco, a partir do mês de abril.
As gestantes apresentam mudanças no sistema imunológico naturalmente ao passar pela gestação, o que acaba tornando necessário o reforço de higienização e cuidado com algumas regras de segurança. Ainda mais para quem vive esse momento.
Os cuidados para as gestantes ainda não tem diferenças em relação aos demais, como relatou Julia Fraga de Souza, 22 anos, vendedora no shopping e que está grávida de 39 semanas do Heitor. “Todos os médicos que eu fui disseram que não havia cuidados especiais por ser gestante, somente os mesmos cuidados recomendados a todos”.
Sobre o pré-natal, Julia explica que ocorreram algumas mudanças para receber atendimento. “Não está sendo permitido a entrada de acompanhante na clínica. Eles espaçaram as cadeiras com uma distância de 2 metros uma da outra, fazem uma triagem por WhatsApp pra saber se tem algum sintoma, e se tiver , remarcam a consulta”, completou ela.
Gislaine Oliveira do Nascimento, 32 anos, é vendedora em uma loja de roupas, está grávida de 12 semanas de Caleb e está vivendo um pré-natal diferente, pois suas consultas estão sendo realizas por telefone. “O pré natal está sendo difícil porque não pude levar acompanhante no meu primeiro ultrassom devido à pandemia. Estou fazendo as consultas por telefone para evitar ir na unidade de saúde. E como as unidades tiveram que fechar por um tempo eu tive que esperar para fazer os exames e o ultrassom”, relatou ela. “Em meio a tudo isso a gente fica um pouco insegura, ansiosa, mas devemos fazer a nossa parte se cuidando sempre”. O isolamento social está sendo respeitado por Gislaine, que precisa trabalhar, mas sempre procura se manter em segurança. “Só saio de casa para trabalhar e com os devidos cuidados”, contou Gislaine.
Em nota, o Ministério da Saúde passou a incluir as grávidas e puérperas no grupo de risco, a partir do mês de abril. As gestantes e puérperas são mais vulneráveis a infecções e, por isso, estão nos grupos de risco do vírus da gripe. Estudos científicos apontam que a fisiopatologia do vírus H1N1 pode apresentar letalidade nesses grupos associados à história clínica de comorbidades dessas mulheres.
Sendo assim, para a infecção pelo Covid-19, o risco é semelhante pelos mesmos motivos fisiológicos, embora ainda não tenha estudo específico conclusivo. Portanto, os cuidados com gestantes e puérperas devem ser rigorosos e contínuos, independente do histórico clínico das pacientes. Ressaltamos que as gestantes e puérperas estão no grupo de risco desde o início, pois são consideradas imunossuprimidas.
Texto: Augusto Machado, Emanuella Alves e Josilaine Gonçalves/ Jornal Laboratório Fato&Versão