Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Fechar [x]
Saúde

Vacinas tradicionais podem proteger da varíola dos macacos? Entenda a imunização

Doses do imunizante devem chegar ao Brasil entre setembro e outubro

04/08/2022 06h06 | Atualizada em 03/08/2022 21h01 | Por: Redação | Fonte: NSCTotal
Divulgação

Por causa do atual surto de varíola dos macacos (Monkeypox) no Brasil, foi anunciada a compra de 50 mil doses de vacina contra a doença, que devem chegar ao país nos próximos meses de setembro e outubro. No mundo, mais de 19 mil casos da Monkeypox foram confirmados em 76 países e, no Brasil, segundo Ministério da Saúde, ao menos 1,2 mil casos já foram registrados. 

Diferentemente da Covid-19, a varíola é uma doença conhecida das autoridades de saúde e teve a primeira vacina desenvolvida ainda no século 18. No Brasil, durante a década de 1970, o imunizante era disponibilizado nos postos de saúde. Por volta de 1980, a vacinação contra a doença foi suspensa no mundo inteiro, após a erradicação da varíola. 

Segundo o professor e virologista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Flávio Fonseca, as vacinas aplicadas atualmente usam um vírus vivo, o vaccinia, e têm a mesma base dos imunizantes antigos. 

— O princípio é o mesmo, e a vacina de hoje é uma evolução daquelas [produzidas antigamente]. Elas eram mais reatogênicas, replicativas e causavam doenças leves. Com o passar dos anos, os laboratórios evoluíram e as vacinas de hoje nem na gente conseguem se multiplicar mais e não causam doença alguma — afirma. 

De acordo com o virologista, os imunizantes contra a varíola são compostos pelo vírus atenuado, e que, quando aplicados nas pessoas, não conseguem se multiplicar no organismo humano, mas, possibilitam o desenvolvimento de uma resposta imune. Por terem o vírus contra a varíola em sua composição, eles também podem proteger da varíola dos macacos pela chamada imunização cruzada. 

Vacinação em massa não é recomendada

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda a vacinação em massa para controlar o surto de varíola dos macacos e indica que a vacinação estratégica pode controlar a disseminação da doença. 

De acordo com o professor Flávio Fonseca, o cenário atual é realmente bastante diferente dos anos em que a vacina da varíola era disponibilizada em grande escala. 

— Era uma situação muito diferente. A varíola tinha 40% de mortalidade, era uma doença distribuída no mundo inteiro e tínhamos de 200 a 300 mil mortes por ano por causa da variola. Hoje você tem de ter um balanço muito amplo dos casos. Por isso há a estratégia que está sendo avaliada agora de vacinar quem está na primeira linha contra a doença. A outra estratégia possível é a vacinação em anel, que identifica quem tem varíola e vacina os contactantes primários dessas pessoas. Isso bloqueia o ciclo de transmissão da doença — explica o virologista. 

Monkeypox em SC 

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), até esta terça-feira (2), foram notificados 61 casos suspeitos de varíola dos macacos em Santa Catarina. Sete casos confirmados são de pessoas que moram no Estado (um de Leoberto Leal; um de Brusque; um de São José; dois de Florianópolis e dois de Joinville). Outro caso confirmado é de um morador de São Paulo que passou por SC. 

Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica, 22 casos de Monkeypox foram descartados em Santa Catarina e 31 continuam em investigação.  

Com informações do NSCTotal

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

MAIS LIDAS

Em breve
Noticom

Av. Marcolino Martins Cabral, 926
Centro, Tubarão - Edifício EJB - Sala 604
LIGUE E ASSINE (48) 3052-2051

Noticom © Todos os direitos reservados.
Demand Tecnologia

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Ok, entendi!