Apenas em 2022, 590 crianças menores de 5 anos foram internadas na UTI e 14 morreram pela doença
As doses de vacina contra a Covid-19 para imunizar crianças de três e quatro anos já tem data para chegar em Santa Catarina. De acordo com o superintendente da Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado, Eduardo Macário, o Ministério da Saúde prometeu entregar as doses da CoronaVac em 9 de setembro.
Segundo Macário, o Estado usa vacinas da CoronaVac que sobraram de outras faixas etárias para imunizar os pequenos. O estoque do Estado eram de 70 mil imunizantes voltados para vacinar 35 mil crianças com a primeira e segunda dose. Ele explica que a Secretaria de Saúde de Santa Catarina solicitou ao Ministério da Saúde 340 mil vacinas, número necessário para completar o esquema primário da faixa etária.
No entanto, até esta quarta-feira (31), apenas 12.879 crianças de três a quatro anos tinham recebido a primeira dose contra a Covid-19 em SC. O número é considerado baixo pelo superintendente, que chama atenção para a vulnerabilidade do público menor de cinco anos.
— Nossa preocupação em relação as crianças é a baixa cobertura vacinal. Elas acabam sendo bem afetadas. E no outro lado, os idosos que não tomaram a dose de reforço estão mais suscetiveis a formas mais graves da doença. — pontua Macário, e apresenta a solução para diminuição dos casos e mortes — Se a gente conseguisse que as pessoas acima de 50 anos tomassem o reforço e aumentasse a cobertura, a redução de casos graves estaria muito maior.
Ele fala que, apenas em 2022, 590 crianças menores de cinco anos foram internadas na UTI pela Covid e 14 morreram pela doença.
— Não adianta a gente colocar essa vacina disponível e os pais não levarem os filhos pra vacinar — fala.
Uma conquista ainda não alcançada em Santa Catarina é passar uma semana sem mortes pela Covid-19. Macário conta que a média óbitos pela doença é de dois a três por dia.
— É um número muito grande [de mortes por dia], a gente esperava [que] à essa altura esse número seria menor. Mas para isso precisamos de uma cobertura vacinal maior — destaca Macário.
Com informações do NSCTotal