Unidade é referência em parto humanizado pelo SUS
A direção do Hospital São Donato, em Içara, no Sul catarinense, determinou o fechamento temporário da maternidade em função de problemas com a escala de profissionais. O espaço, atualmente, é referência em parto humanizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“Uma médica machucou o braço e não pôde cobrir os dias de plantão. Com isso, a escala da obstetrícia ficou comprometida, e resolvemos suspender o serviço temporariamente até que a gente feche a escala para todos os dias e horários. Isso foi uma medida de segurança”, explicou o diretor-administrativo do hospital ao ND+, Julio de Luca.
A orientação é que as gestantes/parturientes procurem por atendimento no Hospital Materno-Infantil, em Criciúma. “Já comunicamos a direção do hospital, o Samu e o Corpo de Bombeiros que não estaríamos atendendo a maternidade por falta de profissionais”, informou o diretor.
Segundo ele, uma reunião está marcada para esta segunda-feira (13) com os profissionais do centro obstétrico. O objetivo é busca alternativas para resolver a situação. Enquanto isso, o local permanece fechado.
Superlotação
A situação das maternidades no Sul do Estado é de preocupação. O Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, emitiu um alerta na terça-feira (7) sobre a superlotação no centro obstétrico, tanto em atendimento a gestantes/parturientes, quanto no nascimento de bebês, que chegou a 20% a mais da média registrada em meses anteriores.
Ainda segundo a direção do hospital, referência em gestação de alto risco, apenas nesta semana foram 245 consultas e 92 nascimentos. O aumento é significativo em comparação à média de meses anteriores, quando no mesmo período foi registrado 213 consultas e 76 nascimentos.
“O crescimento dessa demanda reflete diretamente com a superlotação de UTI Neonatal e isso claramente está ocasionado por diversos fatores, entre eles, fechamentos de centros obstétricos, relacionando com a nossa região”, explicou o diretor técnico do HNSC, Eduardo Ali.
A orientação do hospital é que as pacientes se desloquem para atendimento somente em casos de urgência, de fatores que interferem de forma negativa na gravidez e não podem ser atendidos em unidades de saúde, policlínica ou hospital da sua cidade.
No comunicado, a direção ainda pediu para que as parturientes tenham paciência, pois estão sendo priorizados os atendimentos as mulheres que entram em trabalho de parto e os de maiores riscos devido à grande demanda.
Além disso, o hospital reforçou que não deixará de atender nenhuma gestante ou parturiente, “mas precisa da colaboração e a compreensão de todos para continuar mantendo o atendimento humanizado e de qualidade”.
Com informações do ND+