Ao todo, município monitora 600 unidades de armadilhas
A Vigilância Epidemiológica de Criciúma está atenta ao Aedes Aegypti, principal transmissor da dengue. Neste ano, os casos da doença aumentaram no estado e, por isso, os órgãos têm intensificado as ações de controle e combate ao mosquito. Entre elas estão manutenção de armadilhas, verificação de pontos de risco, eliminação de focos e notificação de eventuais irregularidades sanitárias.
Os dados mais atuais da Vigilância Epidemiológica do município indicam que, em 2022, já foram identificados 34 focos do mosquito na cidade, sendo os dois últimos neste mês de julho nos bairros Vila Rica e Centro. Ao todo, em 2022, 11 moradores de Criciúma foram confirmados com a doença, sendo que um homem de 40 anos morreu. Mas o caso foi considerado importado, já que a investigação epidemiológica evidenciou deslocamentos por municípios do estado de São Paulo.
“Temos 600 armadilhas espalhadas por Criciúma e são monitoradas diariamente. Em 2022, já registramos 24 focos em toda cidade”, explica a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Andréa Goulart de Oliveira.
Sinais e sintomas
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
As pessoas que apresentem os sintomas da doença devem procurar atendimento em um serviço de saúde. Da mesma forma, a rede de assistência precisa estar alerta para identificar essas suspeitas, realizando o manejo clínico conforme a indicação do fluxograma de classificação de risco e manejo dos pacientes. A condução oportuna dos casos suspeitos, permite evitar o agravamento do quadro e inclusive a evolução para o óbito.
Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
- evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
- guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
- mantenha lixeiras tampadas;
- deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
- plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
- trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
- mantenha ralos fechados e desentupidos;
- lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
- retire a água acumulada em lajes;
- dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
- mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
- evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
- denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
- caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
Com informações do Engeplus