Domingo, 22 de dezembro de 2024
Fechar [x]
Política

Prisões de prefeito e vice em Canoinhas contaram com colaboração de outro político ao MP

Adelmo Alberti (PSL) foi preso em julho de 2021 após ser acusado de receptação de veículo roubado e participação em suposto esquema de corrupção na prefeitura

31/03/2022 06h05 | Atualizada em 30/03/2022 20h13 | Por: Redação | Fonte: NSCTotal
Divulgação

As prisões do prefeito e vice de Canoinhas, na última terça-feira (29), contaram com a colaboração do prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti (PSL), que também foi preso em julho do ano passado durante a operação Et Pater Filium. Ele repassou informações ao Ministério Público que ajudaram na investigação.

No despacho que determinou a prisão preventiva do prefeito de Canoinhas, Beto Passos (PSD), e o vice, Renato Pike (PL), a Justiça cita os argumentos para embasar a decisão. Entre eles, estão elementos que surgiram da colaboração de Alberti com o Ministério Público.

O prefeito de Bela Vista do Toldo afirmou, por exemplo, que teria indicado um empresário em nome de quem seria registrados bens ilicitamente adquiridos com verba pública em benefício dele mesmo e do prefeito de Canoinhas. Também garantiu que o empresário seria contemplado em licitações como contrapartida.

Alberti revelou ao Ministério Público o nome de outras pessoas que supostamente estariam envolvidas no esquema de fraudes e corrupção na região. Ele deu detalhes de reuniões realizadas entre os suspeitos e de como funcionavam os crimes.

O político declarou ao MP que foi alertado pelo prefeito de Canoinhas sobre a investigação e que ainda foi visitado na prisão pelo advogado de um empresário suspeito de participar do esquema. Ele teria tentado intimidá-lo e o ameaçou de morte.

O advogado de defesa de Alberti, Paulo Henrique Glinski, afirmou que o processo está em segredo de Justiça e que não poderia comentar sobre a colaboração do prefeito para as investigações.

Dinheiro na cueca e carro roubado

Alberti foi preso em julho após ser acusado de receptação de um veículo roubado e de participar de suposto esquema de corrupção na prefeitura. Um mês depois, a esposa do prefeito também foi presa.

O processo tramita em segredo de Justiça, mas trechos da denúncia do MP mostram que o prefeito teria supostamente usado empresas em nomes de laranjas em contratos públicos. Em uma negociação gravada, o Ministério Público aponta que Alberti teria recebido dinheiro de propina e guardado o envelope na cueca.

Paralelamente, Alberti responde também por outro crime, em um processo que tramita na Justiça comum por não envolver o cargo como prefeito. Enquanto a polícia cumpria mandados na casa dele, foi encontrada na garagem uma camionete com registro de roubo no interior do Paraná.

A identificação foi feita pelo chassi, visto que as placas que estavam no veículo eram de outro automóvel, emplacado em Goiás. Por isso, o prefeito acabou também indiciado pelo crime de receptação dolosa.

Em setembro, Alberti teve um pedido de liberdade negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve a prisão preventiva do prefeito.

Com informações do NSCTotal

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

MAIS LIDAS

Em breve
Noticom

Av. Marcolino Martins Cabral, 926
Centro, Tubarão - Edifício EJB - Sala 604
LIGUE E ASSINE (48) 3052-2051

Noticom © Todos os direitos reservados.
Demand Tecnologia

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Ok, entendi!