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Política

Candidatos ao governo de SC correm contra o tempo para definir vice

Campanhas esperam definições de partidos aliados para bater o martelo

02/08/2022 06h12 | Atualizada em 01/08/2022 21h36 | Por: Redação | Fonte: NSCTotal
Divulgação

A poucos dias do fim do prazo para o término das convenções, três pré-candidatos já anunciados ainda não têm seus vices na corrida ao governo do Estado. Décio Lima (PT) e Esperidião Amin (PP) esperam definições de partidos aliados para bater o martelo. Já Jorginho Mello (PL) deve concorrer com chapa pura e busca um nome ligado ao empresariado. 

O PT, que confirmou a candidatura do ex-deputado federal Décio Lima na última semana, integra a Frente Democrática. O conjunto é formado pelos partidos PCdoB, Solidariedade, PSB e PV. A certeza no momento é que o partido não virá com um vice do PT.

Décio Lima que, além de candidato, é o presidente estadual do PT-SC, diz que o PSB apresentou nomes à disputa. O mais forte é o de Marcilei Vignatti, vereadora de Chapecó. O ex-deputado, contudo, ainda acredita na presença do PDT na chapa — partido já oficializou Jorge Boeira como candidato ao governo no Estado no sábado (30).

— Vamos trabalhar isso. Nada ainda está em concreto enquanto não terminar o prazo —  pontua Décio.

​PSDB encaminha apoio a Amin e pede vaga também ao Senado após última conversa com Moisés​

O cenário no PP é semelhante. O presidente do partido no Estado, Silvio Dreveck, diz que a definição deve esperar a convenção do PSDB, marcada para segunda-feira (2), e o panorama nacional dos tucanos, que estão federados ao Cidadania  A decisão final ocorre na quinta-feira (4)

— A conversa tem sido boa. Nós não estamos cogitando nenhum nome dentro do partido no momento. Se precisar, nós vamos buscar. Mas a princípio, vamos trabalhar para fazer as alianças com o PSDB e o PTB, que já está encaminhado para o Senado — comenta Dreveck.

O último sem vice anunciado é Jorginho Mello. A expectativa é de que o senador tenha ao seu lado um nome ligado ao Norte ou Vale do Itajaí. Segundo a colunista do NSC Total Dagmara Spautz, o empresário de Joinville Ninfo König chegou a ser convidado, mas declinou. Em meio a incerteza, o partido faz convenção na sexta-feira (5) na Associação Catarinense de Medicina (ACM), em Florianópolis.

Os três têm até o dia 5 de agosto, sexta-feira, para oficializar a apresentação da chapa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Vices do mesmo partidos prevalecem

Entre as campanhas que já tem vice definido, prevalecem no Estado as chapas puras. Apenas o União Brasil, de Gean Loureiro, e o Republicanos, de Carlos Moisés, disputarão com outros partidos ao seu lado (veja lista abaixo).


Gean Loureiro (União Brasil), vice Eron Giordani (PSD)
Carlos Moisés (Republicanos), vice Udo Döhler (MDB)
Jorge Boeira (PDT), vice Dalmo Claro de Oliveira (PDT)
Alex Alano (PSTU). vice Gabriela Santetti (PSTU)
Odair Tramontin (NOVO), vice Ricardo Althoff (NOVO)
Leandro Brugnago (PCO), Jair Fernandes de Aguiar Ramos (PCO)

Na chapa de Gean, o ex-chefe da Casa Civil de Moisés Eron Giordani (PSD) é o vice. A aliança foi confirmada em convenção no fim de julho em Florianópolis.

Já no caso de Moisés, a composição da chapa teve que esperar a convenção do MDB. O partido viveu disputa interna entre o ex-prefeito de Joinville Udo Döhler e Antídio Lunelli, ex-gestor de Jaraguá do Sul. Os emedebistas tiveram que votar entre apoiar o projeto de reeleição ou por ter o 15 nas urnas.

Döhler saiu vitorioso e chegou a comparecer à convenção do Republicanos, onde foi consagrado vice na chapa do atual governador.

Vice tem importância na governabilidade

A escolha do vice tem importância na governabilidade e também para maximizar os votos, explica o professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Daniel Pinheiro.

— Muitas vezes o vice é composto de outro partido na chapa por uma composição estratégica, para conseguir votos. Isso acontece muito no cenário estadual quando você tem um candidato que é muito forte em apenas uma região do Estado, e você precisa de um vice para tentar convencer grupos políticos de outras regiões do Estado para fortalecer a chapa em si — afirma Daniel Pinheiro. 

Segundo o professor, os vices também têm um forte papel de articulação com outros grupos. 

— A gente sabe que o vice muitas vezes pode fazer um papel de articulação muito forte com o Legislativo. Era o caso clássico do ex-vice presidente, que se tornou presidente, o Michel Temer. Ele fazia esse papel no governo Dilma, de articulação e coalizão com o Legislativo, e que quando os dois rompem e ele sai desse cenário, se cria um ambiente para o impeachment justamente porque era ele que fazia essa acomodação. Então isso acontece (...) O papel do vice muitas vezes é esse de, durante o governo, fazer essa acomodação e, em uma eleição, muitas vezes é conseguir votos — ressalta. 

Com informações do NSCTotal

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