Com a aproximação do verão e o aumento de banhistas nos mares, alguns casos de animais marinhos encontrados nas beiras das praias se tornam cada vez mais comuns. Como é o caso de uma Leão Marinho da Patagônia que foi encontrado nesta semana no Balneário Esplanada, no municipio de Jaguaruna. Nesses casos, existem certas orientação a serem feitas, já que o contato com o animais pode causar problemas tanto para os banhistas quanto para a fauna silvestre.

De acordo com a bióloga e coordenadora de pesquisa do Educamar Brasil, Suelen dos Santos, quando esses animais marinhos forem encontrados na beira da praia os banhistas nunca devem se aproximar e nem empurrar os animais para dentro do mar. Além disso, é importante afastar os animais domésticos do local.

“Independente do estado em que esses animais marinhos estiverem, sempre será acarretado um prejuízo, como ferir os banhistas quando eles estiverem vivos. Além disso, as pessoas não podem empurrar eles novamente para o mar, porque eles podem chegar debilitados na água e acabarem morrendo. Outro ponto importante é a questão da contaminação, já que eles são animais silvestres, podem estar portanto alguma doença que pode ser passada para os seres humanos”, explicou.

Desse modo, com esses registros de casos, ações de monitoramentos e de conscientização dos banhistas se tornam cada vez mais necessárias. “Uma das iniciativas que os municipios podem estar fazendo, é financiar esses ações de monitoramentos que nós fazemos no Educamar para ver as situações da fauna silvestre em geral. Assim, deixamos as praias em melhor estado e garantindo uma qualidade de vida maior para os animais marinhos”, reforçou a bióloga.

Leão Marinho da Patagônia é encontrado no Balneário Esplanada em Jaguaruna (Foto: Especial Engeplus)

Casos de gripe aviária em animais marinhos

Além disso, com o registro de casos de gripe aviária em animais marinhos no Sul do Brasil, esses cuidados precisam ser ainda mais precisos e ações de monitoramento já estão sendo realizadas. Conforme Suelen, devido a seriedade do problemas, a atenção tem que ser em dobro. Por meio do contato com os animais, a doença pode ser passada para os seres humanos e assim ser replicada para mais pessoas.

“Os casos de gripe aviária em animais marinhos são raros, já que é a primeira vez que estão sendo registrados. Desse modo, é difícil saber se o animal marinho está com gripe aviária ou não só olhando. Principalmente, porque o diagnóstico da doença é feito apenas por um médico veterinário. Mas, alguns sinais são perceptíveis a olhu nu, como a fraqueza e alguns problemas respiratórios”, afirmou.

Ainda segundo a coordenadora de pesquisa, o caso do Leão Marinho da Patagônia pode ser um exemplo de gripe aviária. “Por meio da foto conseguimos perceber que ele já está em estado de decomposição. Mas, seria preciso fazer o diagnóstico e coletar os dados, para que este caso seja confirmado”, ponderou.

Até o momento da publicação desta reportagem, no Sul do Brasil, foram registrados alguns casos de gripe aviária em animais marinhos no Rio Grande do Sul e apenas um em Santa Catarina, no municípios Garopaba.