Na Região Carbonífera, foram adicionados 6.047 em 2022, caindo para 4.161 no ano passado
O fechamento de 2.161 postos de trabalho em dezembro, resultado de 7.135 demissões frente a 4.974 contratações no período, não impediu que a Região Carbonífera terminasse o ano com saldo positivo na geração de empregos formais. Foram adicionadas 4.161 vagas no acumulado de 2023, considerando os 12 municípios que compõem a região.
O desempenho teve a liderança de Criciúma, com o acréscimo de 1.991 empregos entre janeiro e dezembro. Na sequência, vem Içara, com 844. Juntos, os dois municípios chegaram a 2.835 vagas criadas, o equivalente a 68,13% do total.
Também obtiveram saldo positivo durante o ano Orleans (392), Siderópolis (332), Balneário Rincão (224), Forquilhinha (208), Lauro Müller (165), Morro da Fumaça (103) e Urussanga (99). Já Cocal do Sul perdeu um posto de trabalho com registro em carteira no somatório dos 12 meses, Treviso fechou 69 e Nova Veneza, mais 127 vagas.
Apesar de registrar mais admissões que desligamentos pelo quarto ano consecutivo, a região passa por uma desaceleração na geração de empregos formais. Após atingir 2.691 novas vagas em 2020, sob forte impacto da pandemia nas atividades econômicas, foram adicionados 7.970 postos de trabalho em 2021 e 6.047 em 2022, caindo para 4.161 no ano passado.
Setores econômicos
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta terça-feira, dia 30, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, também mostram que a Região Carbonífera terminou o ano com 153.515 pessoas no mercado de trabalho formal.
Desse montante, 60.154 estão na indústria, que segue como o maior empregador, mesmo com o fechamento de 213 vagas em 2023, o único setor com saldo negativo no período. O segundo maior contingente – 53.368 trabalhadores – está nos serviços, grupamento econômico que liderou a geração de empregos formais na região, com 3.773 vagas acrescentadas, respondendo por 90,68% do desempenho entre os setores.
O comércio segue com o terceiro maior número de vagas ocupadas, 30.360, das quais, 481 acrescentadas em 2023. Ao adicionar 120 no período, a construção chegou a 6.864 empregos formais, enquanto a agropecuária soma 608, depois de ter igualado a quantidade de contratações e de demissões no ano passado (350).
Cenário nacional
No país, o estoque de empregos formais alcançou 43.928.023 postos de trabalho no ano. Mesmo com a queda em dezembro, quando foram perdidos 430.159 postos, no acumulado de 2023 o saldo foi de 1.483.598 novas vagas, resultado de 23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos no período.
Santa Catarina contribuiu positivamente para esse desempenho, ao acrescentar 62.665 empregos formais no ano, após 1.503.710 contratações e 1.441.045 demissões no acumulado dos 12 meses.