Após uma trégua, Santa Catarina volta a ter previsão de temporais isolados a partir desta segunda-feira (23), incluindo a formação de ciclone no final da semana, informou a Epagri/Ciram, órgão que monitora as condições de tempo no estado, em nota conjunta com a Defesa Civil estadual.

São esperados volumes "bastante expressivos" entre sexta-feira (27) e sábado (28), segundo o texto, com acumulados que variam entre 120 mm e 160 mm em áreas do Oeste, da Serra e do Norte catarinense (entenda abaixo).

De segunda a quinta-feira (26), as pancadas devem se concentrar em áreas do Oeste, Vale do Itajaí, Planalto Norte e Litoral Norte. A condição ocorre devido a uma área de baixa pressão atmosférica, aliada ao fluxo de calor e umidade vindos do norte do país.

O processo de formação de uma nova frente fria, associada a um ciclone extratropical no oceano, volta a trazer temporais com chuva intensa e volumosa, e acompanhados por vendavais e chance de granizo, entre sexta (27) e sábado (28).

Nesse período, conforme a nota conjunta, o "risco é alto a muito alto para ocorrências associadas a destelhamentos, danos na rede elétrica, queda de galhos e árvores, alagamentos, deslizamentos, enxurradas e inundações graduais".

Desde o início de outubro, seis pessoas morreram por conta da chuva no estado, 152 municípios registraram estragos e 143 decretaram situação de emergência.

Final de semana

De acordo com a previsão, na sexta-feira, a chuva ocorre acompanhada de temporais, e é pontualmente intensa, especialmente entre Oeste e Norte do estado, se espalhando para as demais regiões ao longo do dia.

Entre o final da noite de sexta-feira e durante a madrugada e manhã de sábado, os temporais ganham intensidade e se espalham sobre o estado, sendo mais intensos entre Oeste, Serra e Norte do estado.

São esperados volumes de chuva "bastante expressivos" nesses dois dias, com acumulados que variam entre 120 e 160 mm.

Entre sexta e sábado, são esperados volumes de chuva bastante expressivos, com acumulados que variam entre 120 e 160 mm em áreas do Grande Oeste e parte do Planalto Sul e Planalto Norte, próximos à divisa com o Paraná, com valores que podem ficar acima. No restante do estado, os acumulados ficam entre 80 a 120 mm, com os menores acumulados ocorrendo no Litoral Sul.

Cuidados

A Defesa Civil destacou que deslizamentos podem ocorrer mesmo que não esteja chovendo, já que o solo segue encharcado. O órgão orienta que as pessoas fiquem atentas aos seguintes sinais:

Se há inclinação de cercas, muros, postes e árvores;
Aparecimento de água e protuberâncias na base da encosta;
Sons incomuns, como árvores quebrando e estalos na encosta
Rachaduras ou fendas em encostas;
Rachaduras novas nas paredes;
Portas ou janelas empenarem ou emperrarem de repente;
Muros e paredes estufadas;
Estalos;
Águas mais barrentas que o normal.