Novo presidente da Amurel quer preservar trabalho feito por antecessor e se diz preparado para concorrer a uma vaga no Parlamento de Santa Catarina no pleito deste ano
Volnei Weber (MDB) | prefeito de São Ludgero e presidente da Amurel
Prefeito, como o senhor encara o novo desafio de presidir a Amurel em 2018?
A responsabilidade é bastante grande. Hoje eu tenho a gestão de um município pequeno, porém nós temos toda uma cartilha em relação à transparência e a gestão. E não é diferente em relação aos municípios da Amurel. Isso vai representar muito para mim. Hoje ela é uma entidade livre e vai permanecer sem interferências políticas e partidárias durante o nosso mandato. A independência faz com que seja desenvolvido um trabalho profissional e igualitário por parte dos profissionais que formam as prefeituras. Nós vamos trabalhar para que ela fique forte. E ela só é forte porque está colhendo resultados fantásticos com os municípios.
A Amurel tem prestígio fora da nossa região?
Sim, ela tem apoio da Fecam (Federação Catarinense dos Municípios) e da CNM (Confederação Nacional dos Municípios). Vou trabalhar para que ela continue sendo forte. Os prefeitos deixam as siglas partidárias de lado e debatem ali dentro tudo aquilo que tratem de ações que promovam o desenvolvimento regional e que busquem soluções para os locais. Essa é a minha linha de atuação, fazendo com que toda nossa equipe interna trate de maneira igualitária todas as prefeituras e todos os prefeitos. E o nosso povo, claro. Esse é o objetivo.
União é o foco, então, prefeito?
Claro, nós somos uma associação organizada e nosso foco é ter união. Com união a gente vai pleitear as nossas solicitações e ter êxito quanto às necessidades da nossa região. A Amurel tem que se fortalecer mais e vou trabalhar para que isso aconteça.
O que dá para elencar como ação, prefeito? No ano passado um dos focos foi a usina de asfalto. Isso continua?
Em primeiro lugar nós temos várias ações. Temos o consórcio de resíduos sólidos e temos o consórcio da saúde. A gente consegue contratar serviço por um preço menor por exemplo, na saúde, por causa da demanda dos municípios. Nos resíduos sólidos nós temos que atender a uma lei federal, fazendo a coleta correta e dar a destinação certa ao lixo. A ideia da usina de asfalto é muito válida, sempre defendi isso, porque isso vai fazer com que a gente economize recursos públicos. Mas vale lembrar que a Amurel não pode ter uma prateleira de consórcios. Então criamos apenas um, que eu presido, e que vai atender todas as demandas.
No município que o senhor comanda, como é o serviço de pavimentação?
Em São Ludgero, para se ter uma ideia, nós adotamos um modelo diferente de pavimentação. O município conseguiu um requerimento junto ao Departamento Nacional de Minérios. Conseguimos utilizar os seixos do rio. É um material especial para pavimentações. Nós já licenciamos as áreas e estamos extraindo do rio o material e a prefeitura faz a drenagem das estradas, a terraplanagem delas, colocando a sub-base com esse seixo e também peneirando ele. Então nós vamos contratar das usinas da região simplesemtente a camada asfáltica. Hoje a gente consegue fazer três quilômetros no tempo em que antes fazíamos apenas um. Com a usina nós vamos chegar a um ponto muito mais favorável ao município. Vai ser mais tranquilo, suave e com respeito ao dinheiro público. Vamos proporcionar mais ações e qualidade de vida às pessoas. Esse é o nosso objetivo.
Então a usina segue sendo um foco da Amurel, não?
Sim, pois ela é essencial na luta por pavimentar mais e mais, porque nós vivemos em um outro momento. São muitos veículos e muito trânsito. Quando não temos ruas pavimentadas isso causa um problema até de saúde pública, por causa da poeira. É uma das bandeiras que vou levantar muito forte na Amurel em parceria com todos os nossos prefeitos.
Prefeito, o senhor está sendo lembrado como um possível candidato a deputado estadual pelo MDB nas eleições de outubro. O senhor tem interesse em concorrer?
Olha, eu sou pré-candidato desde os 18 anos, quando atingi minha maioridade. Sou pré-candidato há muito tempo. Mas temos que analisar isso com muita cautela. A decisão tem que ser bastante madura, de sim ou não. Mas a possibilidade existe, sim. Estamos sendo cobrados pelas lideranças de São Ludgero há bastante tempo, por lideranças comerciais, industriais e comunitárias. Isso começou a se intensificar em nossa volta. Quando tem essa cobrança a gente fica atento. Pelo nosso trabalho fomos avaliados, pela aprovação nas urnas com 80% na reeleição também. A coisa funcionou. Nesse momento estamos analisando tudo isso.
Até que ponto a Amurel precisa ter um representante no Parlamento de Santa Catarina?
Muitos membros da minha família moram em Tubarão e a gente acaba ouvindo a cobrança aí também, para que eu seja candidato. No Estado todo. Na minha vida nunca tive esse projeto. Mas a cobrança está sendo intensa e as pessoas entendem que a Amurel precisa de um representante para pleitear recursos. Eu concordo com isso. Se for eu ou não, temos que ter lideranças daqui para defender nosso pleitos. Estou igual a jogador no banco. Se o técnico olhar, mesmo aos 45 minutos do segundo tempo, eu estou com a chuteira amarrada e vou para essa luta, para esse projeto. Assim que eu tomar essa decisão vou fazer esse comunicado, até porque eu teria que renunciar ao comando do meu município. E isso pesa para tomar uma decisão. A palavra renúncia é muito forte.
Foto: Bertoldo Kirchner Weber