Sindicato que representa a categoria rejeitou a proposta de reajuste feita pela prefeitura
Após Assembleia realizada na noite desta quarta-feira (18) em Capivari de Baixo, professores municipais decidiram decretar estado de greve na rede de ensino da cidade. A proposta apresentada pela prefeitura na última segunda-feira (16), foi de 1,56% de reajuste no salário em maio para os profissionais, além de R$ 40 no vale alimentação. Para compensar as perdas, o governo também propôs um aumento de 3,64% em julho e 5,18% no mês de setembro - para os servidores que não recebem o piso mínimo. Portanto, conforme o Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino de Tubarão e Capivari de Baixo (Sintermut), os profissionais de carreira teriam o repasse de inflação mínimo, de 1,56%.
A reunião do início da semana serviu para que a prefeitura colocasse em debate a condição econômica ruim do Município. "Ele falou sobre os problemas financeiros da cidade, como está se recuperando, foi feito todo um histórico por parte da gestão em relação às finanças do município e foi nos passado uma proposta que não vem de encontro com os trabalhadores", conta Laura Oppa, presidente do Sintermut. "Os professores efetivos são os maiores prejudicados nessa história", reclama a comandante do sindicato. As dificuldades econômicas impedem a prefeitura de Capivari de Baixo a reajustar o salário dos professores como o sindicato sugere. "A arrecadação tem caído na maioria dos municípios e em Capivari não é diferente. Ano passado tivemos uma previsão de arrecadação deixada pela gestão anterior de R$ 73 milhões e arrecadou-se R$ 68 milhões. Nesse ano já fizemos uma previsão bem menos otimista, mais dentro da realidade, de R$ 70 milhões, mas se arrecadarmos R$ 68 milhões já estamos felizes. Então o que nós temos condições de fornecer para os nossos funcionários é aquilo que podemos pagar", expõe o prefeito Nivaldo Sousa (PSB). O objetivo da prefeitura é pagar o piso para todos os professores municipais até o fim da atual gestão, em dezembro de 2020. "A folha de pagamento de Capivari de Baixo só com a educação compromete 50% do índice", revela Nivaldo. Sobre o reajuste pedido pelo sindicato, o chefe do executivo admite. "Nós temos dificuldade em fazer isso, porque posso ter dificuldade em pagar a folha de pagamento e também estourar o índice previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal", conclui o alcaide. O estado de greve dos professores da rede municipal de Capivari de Baixo não compromete, por ora, o funcionamento das Escolas da cidade e dos Centros de Educação Infantil (CEI's) do município. Sintermut e prefeitura devem voltar a conversar nos próximos dias em busca de um acordo. Foto: Sintermut