Representantes catarinenses questionaram no Ministério da Pesca, porquê só SC tem cota de pesca
Sem acordo com Governo Federal, questão da cota para captura da tainha para pescadores artesanais deve ser judicializada
Nesta quarta-feira, 19, o Secretário de Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo, acompanhado da secretária de Articulação Nacional, Vânia Franco; do senador Esperidião Amin; da deputada federal Geovania de Sá; do deputado Emerson Stein e o representante da Federação dos Pescadores de Santa Catarina, Ivo Silva, se reuniram com o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.
Foi uma nova tentativa da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Governo de Santa Catarina para reverter a proposta do governo federal, que prevê cota de 800 toneladas para captura de tainha por pescadores artesanais de praia no estado.
Durante o encontro, o tema foi discutido com o ministro e técnicos da pasta. Frigo ressaltou que SC é o único estado com cota estabelecida para pescadores artesanais de praia, sendo considerado por Amin, uma discriminação. Além disso, um requerimento da Fundação Catarinense de Cultura destacou a importância cultural da pesca artesanal para o estado(Patrimônio Cultural por Lei).
A questão social e econômica também foi abordada. Os técnicos do Ministério, sem apresentar a fonte dos dados, insistiram que se mais restrições não fossem impostas teríamos uma possível extinção da tainha. “A cota para pescadores artesanais de praia nunca foi aplicada e nunca foi necessária. O ministro disse que não pode fazer nada em relação a isso e, portanto, deve manter a medida. Não nos resta mais nada além de judicializar a questão”, disse Tiago Frigo, secretário da Aquicultura e Pesca.
Segundo a secretária de Articulação Nacional, o assunto deve ser levado ao procurador-geral do Estado Márcio Vicari, que deve tomar as melhores providências. “Foi determinação do governador Jorginho Mello que a gente consiga resolver da melhor maneira essa questão, tentamos aqui o diálogo, como não deu certo, a sugestão agora tanto do senador Amin quanto do secretário Frigo, é judicializar”.